quarta-feira, 18 de março de 2009

Paixões de hoje!


Eu amo o Gabriel Garcia Marquez, incondicionalmente. Apaixonadamente.
Olha se esse amor não tem motivo:
"O sexo é o consolo que a gente tem quando o amor não nos alcança."
(Trecho do livro Memórias de Minhas Putas Tristes)

Mas vim aqui pra dizer que eu amo a Penélope Cruz como Maria Helena (Vick Cristina Barcelona), e apesar dela brilhar tanto na produção (e consequentemente ofuscar todos em cena), o Javier também me encheu de suspiros, o tempo todo que ele aparece. Ai ai!!!
Houve algumas falas que me comoveram, me inspiraram. Não me recordarei com precisão todas, mas algumas são essas:

- Ele não é como um zumbi em série. (OBS. RAPAZ QUE COINCIDENCIA!)

- Os relacionamentos são na maioria desastrosos...

... você é como a nuança que adicionada a uma paleta torna a cor bonita.

Vick - Porque seu pai não publica seus poemas?
Juan - Porque ele odeia o mundo. E essa é a maneira dele de revidar. Criar trabalhos lindos e então negá-los ao público.
Vick - Bem, porque ele está tão zangado com a raça humana?
Juan - Porque depois de milhares de anos de civilização os homens ainda não aprenderam a amar.

- é como uma doença, nunca nada lhe bastará... ela nunca vai ficar satisfeita com nada... insatisfação crônica, é o que você tem. (OBS. HÁ, ME LEMBRA A JULIA ROBERTS NO CLOSER)

... seu modo de ver é todo meu...

... eu o amo, mas não sou apaixonada por ele há anos...
- Nosso amor vai durar para sempre. É para sempre, mas não dá certo. Por isso sempre será romântico. Porque não pode ser completo.
Enfim acordei apaixonadamente feliz por existirem Gabriel G. Marquez e Penélope Cruz neste mundo. Me basta por hoje!!!

terça-feira, 17 de março de 2009

Dylan


"Você nunca se virou para ver as carrancas

Dos equilibristas e dos palhaços

Enquanto todos eles chegavam

E faziam truques para você

Você jamais entendeu que isso não é bom"

(Bob Dylan)


Não adianta chamar meu nome,

como você nunca fez antes...

Não consigo mais te ouvir.

Dylan

segunda-feira, 16 de março de 2009

Passado


Lidar com o passado é dureza. Sabe, aprender a lidar com lembranças e momentos (bons ou ruins), e no presente. É mais fácil viver do passado acredito, é o lugar comum, terra firme, onde se foi (ou não) feliz, sabendo-se que poderá sentar e relembrar e remoer.
Sabe aquele casal que está casado há anos e falam com saudade sobre os dias iniciais quando estavam começando. Você começa a pensar, será que voltariam lá se pudessem? Ou alguém que teve fama e glória, e as pessoas ainda estão falando sobre isso. E o olhar distante nos seus olhos, e a saudade nas palavras, e você começa a pensar que acreditamos que os nosso melhores anos já se passaram.
É engraçado como somos pegos pelo impulso de ter saudade do que fomos, quando estávamos começando, quando era a primeira vez, quando tudo era novo. Mas não é. Tudo não é novo. Nós não somos quem éramos. E as coisas não são como eram.
Quanta energia se gasta, desejando que as coisas fossem como eram?
Talvez seja necessário se lastimar, ou lembrar como era bom quando eles eram vivos, ou pedir desculpas e fazer reparos , ou até mesmo fazer algo bom para ficar de bem com o que foi. Sabemos que o certo é então, seguir adiante.
Mas e o desespero que se estabelece quando acreditamos que as coisas eram melhores antes? Quando nos prendemos ao que foi, quando não estamos presentes. Deviamos perceber que se nos prendermos as coisas como eram, nossos braços não estão livres para abraçar o hoje. E bem, nem sequer temos garantias do amanhã. E tudo que temos é o que afinal? O tal presente acredito. E talvez a saída seja buscar as respostas no momento certo, como saber se será no que passou ou no que esta se movendo hoje?
???

sexta-feira, 13 de março de 2009


A música tem poder. Está em tudo, em todos, até nos que dizem não gostar. Quem fica feliz e não cantarola alguma coisa, mesmo um jingle das Casas Bahia?
Mas a música mesmo se faz presente em mim quando estou triste, essa é a verdade. É na tristeza que ela me busca, é na melancolia que ela se mostra: necessária, única, companheira fiel. Não preciso cantá-la, basta embalar-me nas cifras, na melodia, deixa-la fazer parte dessa busca por respostas. Nessas horas minha vida tem trilha sonora, digna de qualquer filme blasé, e esqueço-me da minha pequenez.
Existem algumas que me forçam a lembrar de épocas que se foram, e algumas de épocas que acredito estarem por vir. Até o cheiro de algumas coisas me voltam aos sentidos, uma emoção qualquer, um filme, uma risada, muitas vezes uma piada. Tudo perfume de sentimentos.
Música é beleza, poesia, é vontade de sair do que está sempre á volta, pra vivermos uma emoção que não sabemos ainda qual é.

"Felicidade se acha é em horinhas de descuido"
Guimarães Rosa

segunda-feira, 9 de março de 2009


A arte de ser feliz

Houve um tempo em q minha janela se abria sobre uma cidade q parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre c/ um balde, e, em silêncio, ia atirando c/ a mão umas gotas de água sobre as plantas. Ñ era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, p/ q o jardim ñ morresse. E eu olhava p/ as plantas, p/ o homem, p/ as gotas de água q caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz. Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças q vão p/ a escola. Pardais q pulam pelo muro. Gatos q abrem e fecham os olhos, sonhando c/ pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos q spre me parecem personagens de Lope de Vega. Ás vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz. Mas, qdo falo dessas pequenas felicidades certas, q estão diante de cada janela, uns dizem q essas coisas ñ existem, outros q só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, q é preciso aprender a olhar, p/ poder vê-las assim.(Cecília Meireles)

sexta-feira, 6 de março de 2009

Anti-depressivos


Eu não sei o que pensar sobre anti-depressivos. Acho que é algo muito ligado aos atores que tem fama, grana e glamour. Que tomam uma super dose (dentro do apartamento luxuoso de algum hotel) por um motivo que só eles conhecem, morrem, são homenageados e podem talvez ganhar um Oscar póstumo.

E como gente comum faz? Sem a grana, a fama, e o apartamento luxuoso?

Quanto mais eu conheço as pessoas mais eu gosto da Janis (uma pitbull)


Pois é fabuloso como as pessoas são interessantes, tanto pro lado bacana, quanto pro lado negro da força. Vi ontem pessoas adultas com reações e falas dignas de novela mexicana. Personagens muito bem construidos, uma verdadeira piada. Vi um rapaz dizer coisas sobre ele e seu patrimonio financeiro e ser motivo de chacota por todos os ouvintes e ele nem sequer perceber q ao invés de estar fazendo a piada, ele era a própria. Os pais dele estavam extasiados com o discurso do filhote. Hilário. se eu estivesse de bom humor iria rolar de rir. Mas eu não estava.