terça-feira, 25 de agosto de 2009


Entro naquela sala. Aquela. Voce sabe de qual sala eu estou falando. Vc já entrou lá. Também ficou com medo. Ela está lá. Nem sempre ela é esnobe. A covardia nos conhece bem, pensa compreender os nossos medos. Ela está lá. Sentada numa poltrona. Ela é séria. Mas vc entra mesmo assim, sente-se desconfortável, respira fundo. A encara e sente receio. Mas vc tem um garrafa de Wisky barato, e um último cigarro ainda no bolso da calça.

Ela sorri.

Vc recorda que o cenário é conhecido, ouve passos pelo corredor, é aquele senhor com um ganancioso chapéu, com tosse seca, e aquele olhar vazio meio estrábico. Ele segura na maçaneta mas não entra. Sabe que não é esperado. Outros chegarão.

Ele é apenas uma testemunha participante, um protagonista sem closes e nem roteiros de fala improvisada. Espontâneo tal qual o momento, tal qual a razão, tal qual o agora.

Ela me esperava há tempos. Entrega-me o que preciso num pequeno embrulho.

Encosto a porta. Abro o envelope e conto o dinheiro. É muito dinheiro. Corro.


2 comentários:

  1. Confortante, e escabroso, senti medo do sr. ganansioso...rs, só ñ entendi a parte do dinheiro, tem continuação???rssss aguardo ansiosa, poste mais pq ja li tudoooo!sdds pretaaa!

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  2. percebeu q tenho um sério problema com s e c né kkkk só percebi depois q tinha escrito

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